Artista estava internado em um hospital da capital paulista onde morreu na manhã deste sábado (4).
Morreu na manhã deste sábado (4) aos 73 anos, o cartunista Paulo Caruso. Ele lutava contra um câncer no intestino e estava internado há cerca de um mês em um hospital na região central da capital paulista.
O velório ocorre na manhã deste domingo (5) e o enterro está marcado para a segunda-feira (6) somente para famílias e amigos.
Trajetória
Paulo José Hespanha Caruso, nasceu em São Paulo, no dia 6 de dezembro de 1949. Ele era irmão gêmeo, do também cartunista, Chico Caruso.
Cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP) o início dos anos 1970, mas não chegou a exercer a profissão. Em 1985, no Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, uniu a paixão pela música ao amor pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas.
A carreira profissional iniciou no Diário Popular, no final da década de 1960, e também colaborou com os jornais Folha de S. Paulo e Movimento. Já entre as décadas de 1970 e boa parte dos anos 1980, foi cartunista do jornal O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo.
Em 1987, fez sua estreia na TV, sendo um dos integrantes do programa Roda Vida, da TV Cultura, o qual participava até os dias atuais. Em 1988, publicou na revista IstoÉ, a coluna de humor intitulada Avenida Brasil, onde sintetizou, com sátira e humor, vários momentos da história política do Brasil, em que permaneceu até 2006. Neste ano, passou a publicar na resta "Domingo", do Jornal do Brasil. Em 2015, foi para a revista Época.
Na carreira lançou os livros "As Origens do Capitão Bandeira" (1983), "Ecos do Ipiranga" (1984), "Bar Brasil na Nova República" (1986), "A Transição pela Via das Dúvidas" (1989), "Avenida Brasil" (1992) e "São Paulo por Paulo Caruso - Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade" (2004), em homenagem aos 450 anos da capital.